sábado, 14 de março de 2009

PSICOMOTRICIDADE VS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Abordar esta relação e as suas implicações bidimensionais, implica primeiro definir sucintamente o que se entende por cada um delas.

PSICOMOTRICIDADE É O CONCRETIZAR DA RELAÇÃO ENTRE O MOVIMENTO E O PENSAMENTO.
APRENDIZAGEM É O RESULTADO ENTRE A INTERACÇÃO DAS ESTRUTURAS MENTAIS E O MEIO AMBIENTE

Nascemos com uma relação inconclusa entre corpo e cérebro que não tem vias de comunicação, nem de interacções. É o desenvolvimento da motricidade que vai proporcionar essa comunicação estreita entre o centro e a periferia.
Somos a espécie que mais desenvolveu as suas capacidades motoras, especialmente as da mão, que ocupa uma representação cerebral muito grande.


A função da motricidade é proporcionar o meio através do qual a inteligência se edifica e se organiza e como esta se manifesta.
“ A aprendizagem envolve fundamentalmente a necessidade de uma grande integração sensorial, integração essa elevada ao nível do Sistema Nervoso Central onde é organizada, armazenada e depois elaborada para originar as respostas e reacções motoras.”


Certas crianças com dificuldades de aprendizagem, de acordo com alguns estudos, parecem demonstrar que têm disfunções na zona frontal, onde estão situados os centros psicomotores.

De forma a compreendermos melhor que funções são afectadas em cada zona cerebral podemos organizar o cérebro em três unidades:

1ª unidade (substância reticulada, diencéfalo e cerebelo): responsável pela regulação da atenção e integração sensorial, função motora, da memória e do equilíbrio.

2ª unidade (lóbulos occipital, temporal e parietal): regula o armazenamento, a análise, a síntese e a codificação/descodificação de informação.

3ª unidade (lóbulo frontal): programa e planifica os movimentos e as condutas.

PROBLEMAS IDENTIFICADOS POR UNIDADES:

1ª Unidade: estuda-se basicamente tónus muscular, os problemas são a hipotonia (diminuição do tónus) ou hipertonia (aumento de tónus), equilíbrio e postura, o que provoca problemas de atenção e hiperactividade.

2ª Unidade: intimamente ligada ao corpo e à sua noção, envolve a orientação espacial intracorporal e extracorporal fundamentais para o desenvolvimento das funções cognitivas.
Aqui também está integrada a noção de lateralidade, noção de extrema importância para a diferenciação corporal. Mas difícil de ser adquirida por ser uma construção simbólica do corpo.

3ª Unidade: engloba a motricidade global e fina e todos os outros componentes acima indicados.


Em suma a conexão entre psicomotricidade e dificuldades de aprendizagem é de extrema importância e indissociável, intervir sobre uma é intervir sobre a outra.

O QUE É DISLEXIA?


PARA SUA INFORMAÇÃO…
Fonte Bibliográfica: Pérez, Miguel Pereira. Dislexia. McGrawhill.

É uma perturbação da linguagem que se manifesta na dificuldade de aprendizagem de leitura e da escrita, em consequência de atrasos de maturação que afectam o estabelecimento das relações espacio-temporiais, a área motora, a capacidade de discriminação perceptivo-visual, os processos simbólicos, a atenção, a capacidade numérica e/ou competência social e pessoal.

Características dos disléxicos:

• Problemas de psicomotricidade:

- Problemas ligeiros de coordenação e de maturação, que se manifestam em atraso no inicio da marcha;
- Atraso na estruturação e no conhecimento do esquema corporal;
- Dificuldades sensorio-perceptivas responsáveis pela confusão das cores, formas, tamanhos e posições;
- Dificuldades motoras na execução de exercícios manuais e de grafismos;
- Tendência para escrita em espelho.

• Problemas linguísticos:

- Vocabulário reduzido;
- Menor fluidez nas descrições verbais;
- Elaboração sintáctica menos complexa;
- Falhas na análise sonora das letras ou grafemas;
- Dificuldades no processamento verbal geral;
- Problemas articulatórios.
• Problemas cognitivos:

- Défices na percepção, memória, atenção, concentração, raciocínio, etc.

• Problemas comportamentais/emocionais e escolares associados:
Tendo em consideração que os problemas da dislexia manifestam-se na aprendizagem da leitura, da escrita e da matemática, é previsível que tais características que se vão modificando em função das exigências escolares.
No que diz respeito aos problemas comportamentais/emocionais destaca-se a ansiedade, baixa auto-estima, algumas perturbações psicossomáticas (problemas de sono, digestivos, alergias, etc), agressividade, insegurança em demasia ou vaidade em excesso. Falta de motivação e curiosidade.

No dia a dia verificam-se algumas dificuldades mais concretamente na lateralidade (discriminação esquerda/direita), problemas de orientação ou direcção, associar rótulos verbais a conceitos direccionais, etc.

Diagnóstico e Intervenção
Ainda que muitos profissionais considerem que as sequelas da dislexia se prolongam pela vida adulta, a detecção precoce do problema e uma intervenção adequada podem criar condições para um futuro desempenho profissional de bom nível.
Os dois indicadores de uma futura dislexia situam-se em dois níveis específicos: linguagem/fala e psicomotricidade.
A faixa etária mais típica de manifestação situa-se entre os 4 e 6 anos.

Profissionais que intervêm com este tipo de patologia:

Para além do acompanhamento médico especializado, Terapeutas da Fala, Terapeutas Ocupacionais e Psicólogos.

MAPA DAS EMOÇÕES

A inteligência nasce connosco mas desenvolvê-la é um constante desafio.
O mesmo acontece quando falamos das emoções…
Por isso aqui vão dez dicas que podem ajudar a desenvolver a inteligência emocional do seu filho:
1- Seja emocionalmente equilibrada (o). As crianças apercebem-se dos sentimentos dos pais e transportam-nos para a sua vida.
2- Tenha a coragem de dizer «não». Isso ajudará o seu filho a lidar com a desilusão.
3- Reconheça os seus próprios defeitos e aprenda a lidar com o seu lado lunar para evitar que este afecte a sua família.
4- Deixe o seu filho exteriorizar os seus sentimentos. Em vez de o criticar quando ele faz uma birra tente perceber o «porquê».
5- Dê-lhe autonomia. Deixá-lo tomar a iniciativa vai permitir o desenvolvimento da confiança e da responsabilidade.
6- Seja capaz de manter sempre a calma. Reagir de forma descontrolada quando ele erra só irá fazer com que ambos se sintam pior.
7- Estabeleça regras. Desta forma incentivará a disciplina e o respeito pelas normas da sociedade.
8- Estimule actividades de grupo. Brincar com outras crianças desenvolve a criatividade e a capacidade de relacionamento.
9- Deixe-o participar nas tarefas domésticas. Isso fá-lo-á sentir-se importante e integrado na família.
10- O seu filho é maravilhoso. Pensar nele como tal, afastará energias negativas e aumentará a vossa cumplicidade.

VII JORNADAS DE SAÚDE MENTAL NO IDOSO

OBJECTIVO das VII Jornadas de Saúde Mental no Idoso
Formar técnicos especializados na prevenção e reabilitação
do envelhecimento patológico

SECRETARIADO GERAL DAS VII JORNADAS DE SAÚDE MENTAL NO IDOSO
INFORMAÇÕES/ RESERVAS/ INSCRIÇÕES: Gabinete de Congressos - CMStatus
Rua Passos Manuel n. 14 – 4º - Sala. 19 - 4000 – 381 Porto
Tel. / Fax. 22 203 30 46 - Telm. 96 76 48 777 – 91 63 70 357 – 93 654 35 36
E-mail: geral@cmstatus.org

Método da voz nasal de Johannes Pahn prelector Jo Verstraete

Descrição do workshop
O método da voz nasal de J. Pahn é de ori-gem alemã e teve maior difusão na Europa central.
Baseia-se no principio de que os erros fun-cionais na fonação se tornam um automatis-mo que designa de ‘estereotipo dinâmico’. A excessiva tensão da musculatura laríngea transmite-se a toda a musculatura do tracto vocal.
Neste workshop os participantes serão trei-nados para corrigirem o ‘estereotipo dinâmi-co’ a nível da postura, respiração, fonação e articulação. O principio básico e único deste método é a activação da descida do meca-nismo velar relacionado com os movimentos da mandíbula de forma descontraída. Os participantes são treinados em 9 etapas consecutivas desde a produção de um som básico nasal até a uma voz equilibrada, livre de tensão, ressoante e projectada.
Destinatários
Terapeutas da fala e estudantes finalistas de Terapia da Fala.
Língua falada no workshop: Inglês
O workshop é fundamentalmente prático
Duração: 6 horas
Data e horário
18 de Abril de 2009 — 9h30 às 12h30
14 às 17h
Limite máximo de participantes 16 pessoas
O valor da inscrição é de 100€ - inclui pasta,
documentação fornecida pelo formador e certificado de presença.
Não existem valores de inscrição diferentes para estudantes.
O valor da inscrição só será devolvido na totalidade em caso de desistência até dia 18 de Março de 2009.
Local de realização: Escola Superior Saúde de Alcoitão

Gaguez – Dicas de Prevenção

O fenómeno da gaguez inicia-se a partir da disfluência normal que ocorre em todas as crianças por volta dos três anos de idade. A grande maioria das crianças passa tranquilamente por esta fase. Mas em algumas a disfluência normal pode se transformar em gaguez.

Não há uma causa etiológica específica e nenhuma gaguez é absolutamente igual à outra. Muitos dos sintomas se manifestam em função do esforço excessivo do gago em EVITAR a gaguez, levando a uma fala repleta de falhas de ritmo, pausas silenciosas, frases incompletas com esforço físico, alteração na sincronização entre a respiração e a produção da fala.

Orientação para a família e a escola:

- Não rotule seu filho como gago;

- Aceite as falhas ou quebras de ritmo – elas fazem parte do processo de aquisição da linguagem;

- Não peça para a criança não ter medo de falar ou ficar calma e respirar antes de falar;

- Quando a criança falar olhe directamente para seu rosto toda a sua atenção deve estar voltada para ele;

- Observe rotinas com a criança – horários para comer, dormir, escola;

- Evite discussões na frente da criança, porém não esconda fatos importantes que possam mudar sua rotina;

- Ouça com atenção e paciência o que seu filho tem a dizer;

- Não termine as frases nem o assunto para a criança;

- Leia histórias para a criança antes de dormir;

- Melhore a auto-estimada criança – elogie-a sempre que possível;

- Transforme os momentos de fala de seu filho em momentos agradáveis;

A partir da conscientização e do entendimento sobre o processo da disfluência a família pode influir e muito na prevenção da gaguez.

Paula Guedes

Terapeuta da Fala