segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sobre a Hiperatividade

O que é?

É um distúrbio comportamental, caraterizado por três traços transversais: impulsividade, falta de atenção e atividade excessiva. No entanto, e como podemos ver mais abaixo, elaborar o seu diagnóstico não é assim tão linear.

Como se diagnostica?

O problema de se diagnosticar a hiperatividade é que esta apresenta um grau de gravidade que pode ser muito diferente de criança para criança. Para que este diagnóstico possa ser feito é indispensável avaliar os antecedentes da criança, bem como a sua situação atual. Assim, pelo menos oito destes sintomas e/ou sinais têm de estar presentes:
 A criança apresenta dificuldade em manter a atenção nas tarefas;
 Mostra facilidade para se distrair;
 Com frequência parece que não está a escutar;
 Com frequência passa de uma atividade incompleta para outras;
 Com frequência perde coisas necessárias para as tarefas;
 Com frequência interrompe ou perturba os outros;
 Tem dificuldades em esperar pela sua vez em atividades de grupo;
 Com frequência responde a perguntas sem pensar;
 Com frequência envolve-se em atividades físicas sem pensar nas consequências;
 Com frequência fala excessivamente;
 Tem dificuldade em brincar tranquilamente;
 Tem dificuldade em permanecer sentada;
 Tem dificuldade em seguir instruções.
É de salientar que estes sintomas/sinais devem verificar-se em mais do que um contexto em que a criança está inserida.

O que fazer?

Regra geral educar uma criança já é uma tarefa difícil, educar uma criança com hiperatividade requer um maior esforço e um conjunto de competências que estão perfeitamente ao seu alcance. Para isso, pode sempre pedir informações ao médico ou profissional de saúde especializado que acompanha o seu filho.
Também existe alguma literatura que informa e orienta sobre como pode proceder.

O que também necessita de saber

A maioria das crianças com hiperatividade não tem qualquer tipo de problema de inteligência, aliás costumam estar na média e muitas vezes acima da mesma.
Algumas pessoas famosas com hiperatividade são: Albert Einstein, Thomas Edison, Henry Ford, entre outros.

Sobre a medicação

A medicação estimulante normalmente é utilizada e revela ser eficaz no combate de sintomas como por exemplo a falta de atenção, a impulsividade e a atividade excessiva, o que ajuda no desempenho escolar e nas relações sociais. No entanto cada indivíduo é único e assim sendo os efeitos da medicação e o próprio medicamente em si deve ser adequado a ele. Alguns dos efeitos secundários da toma da medicação podem ser perda de apetite, insónia, irritabilidade, sensação de cansaço ou desorientação, caso estes persistiam deve procurar de imediato o médico que acompanha o seu filho.

A hiperatividade desaparece?

Não propriamente, com a idade as manifestações diminuem e os jovens aprendem estratégias para lidar melhor com elas. Ou seja, a criança desaparece e dá lugar a um adulto “irrequieto”.

Orientações para os pais
• Colocar a criança num desporto (é importante que ela gaste o máximo de energia possível durante o dia);
• Dar mais atenção à criança (caso seja possível dedique algum tempo do seu dia por muito curto que seja ao seu filho);
• Não colocar um rótulo de “má” ou qualquer outro comentário depreciativo perante um comportamento desadequado ou de risco;
• Canalizar a energia para a prática de uma actividade construtiva e tentar envolver a criança no máximo de atividades físicas durante o dia;
• É importante criar uma rotina com limites e regras perante as quais a criança pode atuar;
• Quando as regras são impostas é benéfica a existência de um sistema de recompensa para reforçar os comportamentos desejados;
• As regras não devem ser excessivas, devendo ser expressas com clareza, esclarecendo sobre o que a criança pode ou não fazer e caso sejam violadas as consequências devem ser imediatas;
• Elogie o seu filho e recompense-o pelo bom comportamento;
• Mantenha a casa o mais organizada possível para que a criança encontre o que necessita;
• Proteja a sua casa de eventuais perigos;
• Quando o seu filho precisar de trabalhar reduza o número de estímulos;
• Determine um local na sua casa para o seu filho se acalmar, “dar um tempo”, quando o seu comportamento estiver fora do controlo.

Converse com o seu filho

• Quando quiser a atenção do seu filho deverá colocar-se ao mesmo nível que ele. Pode ser necessário controlá-lo colocando a mão no seu braço ou no ombro, segurando com delicadeza. Fale com clareza e certifique-se de que ele está a escutar. Procure manter o contacto ocular, repita o que está a dizer, se necessário, e peça-lhe que repita o que você acabou de dizer para ter a certeza que ele compreendeu;
• Ao dar-lhe instruções, lembre-se de as mencionar pela mesma ordem em que espera que elas sejam cumpridas.

Lide com a agressividade do seu filho

• Ensinar ao seu filho que existem outras formas de interagir e de obter as “coisas” e exemplificar como;
• Não afastá-lo da convivência com as outras crianças, tentar integrá-lo e se possível num primeiro contato estar por perto caso ele tenha alguma atitude mais impulsiva ou agressiva, explicando-lhe que esse comportamento não é permitido e explicar às outras crianças como é o comportamento do seu filho.

Ajudando na auto-estima do seu filho

A criança hiperativa tende a desenvolver uma baixa auto-estima, isto porque em casa são muitas vezes repreendidos, acham que as outras crianças não gostam delas, são repreendidas na escola e muitas vezes têm notas baixas;
 Em geral não compreendem que têm um problema, pelo que afirmam que as outras pessoas estão sempre a gritar com elas ou a ataca-las e estão sempre metidas em confusão. Por vezes queixam-se dos trabalhos de casa por serem difíceis ou chatos;
 É importante encontrar uma maneira de elevar a sua auto-estima, ou seja, identificar os momentos nos quais ele está a comportar-se como é desejado e recompensá-lo por isso, não é suborná-lo mas dar-lhe feedback positivo (guloseimas, estrelas dourada, smiles);
 Ignorar os acessos de raiva e os maus comportamentos;
 Tentar encontrar um espaço de tempo do seu dia, nem que seja pequeno, para estar com o seu filho e dar-lhe atenção.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Newsletter n.º 2

Editorial
Apesar da medicina alternativa ser bem mais antiga do que a medicina tradicional nem sempre teve o mesmo destaque, que esta última tem na sociedade ocidental. Desde há vários para cá tem vindo a ocupar um lugar cada vez mais importante no complemento e no tratamento das mais variadas doenças. A procura deste tipo de cuidados bem como a proliferação da oferta formativa tem sido cada vez mais extensa e diversificada. Na sinapse dispomos de dois tipos de intervenção enquadrados nesta linha a acupuntura e a osteopatia, cuja descrição mais pormenorizada encontra na caixa mais abaixo. Valorizamos e reconhecemos este tipo de intervenção após a realização de uma avaliação criteriosa e rigorosa de cada caso. Assim e no decorrer do mês de Fevereiro todas as consultas de acunpuntura e osteopatia têm desconto na sinapse.
Aproveite também através desta edição ficar a conhecer a nossa rede de parceiros e as vantagens que lhe poderemos oferecer em diferentes especialidades.
Bom Carnaval e até breve!!


Um pouco de história sobre a medicina alternativa…

A história da medicina alternativa remete para há 6000 anos atrás, na região este do globo e, na região oeste, remete para cerca de 2300 anos atrás.
Os conceitos de medicina alternativa são mencionados nas antigas escrituras da Índia, China e Egipto e na maior parte das civilizações antigas da História do planeta Terra. Evidências históricas referem que, apesar do nome das diferentes medicinas alternativas diferir, os procedimentos eram os mesmos.
O conceito de medicina alternativa prevaleceu, portanto, tanto na parte este com na parte oeste do globo e, atualmente, a medicina alternativa continua a ser praticada na Índia e na China, por exemplo. Na Índia, a medicina alternativa era, e ainda é, conhecida por “Vedic medicine” ou ainda por “Ayurveda”.Na China, a medicina alternativa é praticada há séculos e o seu conceito é baseado na filosofia Taoísta e no conceito de equilíbrio.

Sobre a origem das palavras:
Etimologicamente Osteopatia provém dos termos gregos Ostión (osso) e Pathos (efeitos que vêm do interior).


Destaque do mês: Acupuntura e Osteopatia

A osteopatia é uma ciência terapêutica, não convencional, que visa repor o normal funcionamento da arquitectura osteomuscular, que tem uma inter-relação com o resto do corpo. Baseia-se na filosofia de que o corpo funciona como uma unidade composta de diferentes partes móveis (músculos, articulações, órgãos, vísceras, circulação sanguínea), tendo o poder de auto-cura. Recorre a técnicas manuais e aconselhamento de cuidados posturais, para diagnosticar e tratar disfunções somáticas e estruturais do corpo humano, nomeadamente na coluna vertebral.

A acupuntura é um método milenar da Medicina Tradicional Chinesa que visa à obtenção do equilíbrio energético através de colocação de agulhas descartáveis, praticamente indolor em certos pontos localizados em todo corpo. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa existem cerca de 300 doenças tratáveis pela acupunctura, em algumas delas a acupunctura tem um grande poder de cura e em outras ela actua como um tratamento complementar.

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