quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Atrasos de Linguagem na Criança

Um distúrbio de linguagem na criança pequena, em geral é determinado comparando-se o funcionamento de linguagem desta com o da mesma idade com desenvolvimento "normal". Os sinais de um distúrbio de linguagem mudam ao longo do tempo, uma vez que levamos em consideração o crescimento e desenvolvimento das crianças. Quando as habilidades pré-verbais e verbais iniciais não se desenvolvem, há motivos justificados para preocupação. O atraso de linguagem pode muitas vezes ser o primeiro sinal de uma alteração no neurodesenvolvimento.

Algumas crianças apresentam perturbação no desenvolvimento da linguagem que não pode ser explicado por deficits de percepção sensorial, capacidades intelectuais ou funcionamento motor ou socioeconómico. Essas crianças podem ser diagnosticadas como distúrbio específico de linguagem ou outros quadros afins. Suas dificuldades surgem à medida que elas se desenvolvem, e os pais começam a perceber problemas no desenvolvimento linguístico por volta dos dois anos de idade. Neste momento, a maioria das crianças de desenvolvimento normal está acrescentando vocabulário novo ao seu repertório de palavras e é comunicadora entusiástica. As crianças com distúrbio de linguagem utilizam vocabulário mais restrito e apresentam problemas em comunicar desejos e necessidades. (Boone, 1994)
Essas crianças devem ser encaminhadas à avaliação de terapia da fala, para definição das categorias linguísticas em deficit, orientação familiar e possíveis encaminhamentos para otorrinolaringologista, neurologista, psicólogo ou outros profissionais que se façam necessários.

Segundo Capovilla (1997), atraso de linguagem é o problema de desenvolvimento mais comum em pré-escolares e pode se correlacionar com distúrbios posteriores de aprendizagem. Entre outras provas, é identificada via avaliação do número de palavras faladas e compreendidas, já que aos 2 anos o vocabulário expressivo mínimo é de 50 palavras com combinações de 2-3 palavras. Metade das crianças com atraso de fala aos 24-30 meses podem apresentar atraso severo entre 3-4 anos.

Os atrasos de linguagem podem acarretar dificuldades em toda a vida do sujeito, pois a aquisição de linguagem acontece como uma continuidade durante todo o desenvolvimento.

O amplo quadro que envolve a esfera da linguagem pode ser sucintamente discutido da seguinte forma:
- Desenvolvimento lexical é um contínuo na vida do sujeito, Adquirimos o vocabulário durante toda a nossa vida, pelo menos enquanto estivermos activos; ouvindo, falando e interagindo com o meio.
- Desenvolvimento fonológico adquirido na infância acontece por etapas; os primeiros sons são guturais, depois os bilabiais, velares etc. Podemos dizer que a aquisição completa da fonologia se dá na maioria das crianças por volta de 5 a 6 anos, no mais tardar.
- A morfossintaxe, que começa por volta dos 18 meses com uma gramática rudimentar e vai aprimorando ao longo dos anos, até que seu uso se torna automático, isso por volta dos 5 anos de idade. A partir daí o indivíduo usa as regras da sintaxe e da morfologia, sem necessidade de recursos de memória e, dependendo do nível cultural de aprendizagem, sem grandes erros na construção gramatical. (Jakubovicz, 1997)

O desempenho comunicativo ocorre com a integração de todas essas áreas e variações da normalidade são esperadas, uma vez que os aspectos individuais e do ambiente linguístico são considerados na análise dos dados da avaliação.

É importante não deixar de considerar o fato de uma considerável variação individual nos padrões do crescimento do vocabulário inicial, nem todas as crianças apresentam uma explosão de vocabulário.

As crianças continuam a aprender uma quantidade enorme de novas palavras durante muitos anos, ao passo que aprender que opções encontram-se disponíveis em uma língua também leva bastante tempo. O léxico não é simplesmente uma lista de palavras, engloba um vasto número de expressões idiomáticas - sintagmas e construções cujos significados não são necessariamente depreendidos a partir de suas partes, e inclui uma grande quantidade de usos figurados. Assim, constituem um componente importante da aquisição lexical. Estudos da aquisição lexical inicial revelaram bastante sobre como as crianças começam a adquirir um léxico.

Pisquiatria

Nova valência:

Licenciatura em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, concluída em 2003.
Internato Geral realizado no Hospital Senhora da Oliveira em Guimarães, concluído em 2005.
Especialização em Psiquiatria, realizada no Departamento Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital São Teotónio , concluída em Julho de 2011.
Assistente Hospitalar de Psiquiatria no Hospital são Teotónio Viseu até à data.
Pós-graduação em Terapias Cognitivo-Comportamentais – Curso Avançado, realizada no CESPU/Instituto Superior de Ciências da Saúde.
Curso de Formação em Intervenção Sistémica e Familiar realizado na Secção Norte da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar.


Maria Silvina Salvado Fontes - Psiquiatra

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Síndroma de Asperger

A linguagem numa criança com Síndroma de Asperger pode surgir mas tarde do que o habitual. Podem utilizar um vocabulário muito preciso e excessivamente formal, e a entoação ser monocórdica. Podem parecer insensíveis às inflexões emocionais da linguagem das outras pessoas. Podem, também, ter dificuldade em perceber as regras do diálogo, não sabendo quando é a sua vez de ouvir ou intervir. Um problema grave com a comunicação é a interpretação demasiado literal das palavras dos outros, o que os faz os parecer muito imaturos.


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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PARALISIA CEREBRAL

O QUE É?

É uma alteração persistente, mas não inalterável, do controlo do movimento e da postura devido a uma lesão do sistema nervoso central imaturo.

Como classificar?

A paralisia cerebral tem diferentes classificações consoante as áreas corporais lesadas e a qualidade do tónus muscular.

Área Corporal:

Tetraparésias: os quatro membros estão comprometidos embora mais os superiores do que os inferiores, estando a face e o tronco também afectados. Geralmente não conseguem caminhar e sofrem de atrasos na linguagem e na cognição.

Diplegias: os quatro membros estão afectados, embora os inferiores estejam mais afectados que os superiores. Apresentam dificuldades na marcha.

Hemiparésias: afecta o membro superior e inferior do mesmo lado do corpo.


Qualidade do tónus:

Espasticidade: caracteriza-se por um aumento do tónus muscular com limitação da capacidade de relaxamento muscular da região envolvida. É a rigidez muscular que dificulta ou impossibilita os movimentos voluntários. Revela-se uma desordem motora caracterizada por hipertonia e hiperexcitabilidade secundárias a um aumento do reflexo de estiramento.

Hipotonia: a maioria das crianças são geralmente hipotónicas, especialmente as crianças pré-termo. Estas apresentam indiferença à posição em que são colocadas com difícil obtenção de padrões de postura normais., reacções de rectificação, de equilíbrio e de extensão protectiva. É característico a ausência da actividade motora voluntária devido à falta de controlo do tónus muscular, da cabeça e do tronco.

Disquinésias: caracterizada pela perturbação da coordenação e do equilíbrio. A criança apresenta movimentos involuntários, descontrolados, recorrentes e estereotipados.

• Ataxia: perturbação da coordenação e do equilíbrio. Há tremores principalmente na cabeça e no tronco, aparecendo nos membros inferiores quando iniciam o movimento e aumentando quando a criança tenta realizar um acto motor. Devido ao seu pobre sentido de equilíbrio a criança tem um medo constante de cair.
• Atetose: caracteriza-se por flutuações do tónus muscular, associando-se a movimentos descontrolados (que podem ser lentos e retardados ou rápidos e espásticos), apresentando dificuldades na sucção, na mastigação e na fala.
• Coreoatetose: marcada pela dificuldade em manter posturas e exagero na amplitude dos movimentos e presença de movimentos involuntários. A mímica é exagerada e a respiração irregular. São semi-independentes, mas pessoas muito inventivas, persistentes e colaboradoras.
• Distonia: afecta gravemente o controlo e coordenação motora. As pessoas distónicas são muito dependentes, apresentando atrasos no desenvolvimento da linguagem e emocionalmente instáveis e imaturas.

Mistos: quando as lesões do cérebro são difusas, a maioria das crianças apresentam os sinais acima descritos. A criança pode apresentar uma PC espástica com atetose ou PC espástica com ataxia.

Hiperquinéticas: caracterizada por um aumento da actividade motora, havendo um predomínio de movimentos desorganizados.



Factores de risco associados à Paralisia Cerebral


Pré-natais Peri-natais Pós-natais
Toxoplasmose Anóxia Encefalites
Rubéola Traumatismos no parto Abcessos cerebrais
Herpes Sofrimento fetal Traumatismos cranianos
Sífilis Nascimento prematuro Asfixia
Exposição prolongada e inadequada a raios x Recém nascidos de baixo peso Infecções do sistema nervoso central: meningites
Uso de drogas e/ou álcool Distúrbios circulatórios cerebrais



Qual o impacto da Paralisia Cerebral na criança?


Atraso no crescimento e no desenvolvimento psicomotor Incontinência; infecções urinárias
Subnutrição devido às dificuldades de mastigação e deglutição Fadiga (o seu organismo usa 3 a 5 x mais energia quando se move)
Convulsões em 50% dos casos
Atraso mental Atraso na fala devido à dificuldade em formar e articular palavras e dificuldades respiratórias
Deformações na coluna, contracturas e dores nas articulações devido a posturas desalinhadas e demasia tensão muscular Deficiências de visão e audição; Dificuldades perceptivas


Tipo de intervenções adoptadas:



 Terapia da Fala
 Terapia Ocupacional
 Hidroterapia
 Hipoterapia
 Fisioterapia


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terça-feira, 25 de outubro de 2011

HIPOTERAPIA X TERAPIA DA FALA

A interacção do paciente com o animal, observada na Hipoterapia, desenvolve-se formas de comunicação, socialização, postura e até mesmo na sua auto- estima, facilitando a terapia.
Os objectivos da Terapia da Fala:
- Estimular a comunicação oral.
- Estimular a organização do esquema corporal.
- Participar na escolha dos materiais didácticos.
- Desenvolver trabalhos de prevenção no que se refere à área de comunicação escrita, oral, voz e audição.
- Desenvolver-se a estruturação espacial e temporal.
- Melhorar as funções neuro- vegetativas (mastigação, deglutição e respiração).
- Reorganização das funções e tónus dos órgãos fono- articulatórios.
E o que compete ao Terapeuta da Fala na Hipoterapia:
- Avaliar os pacientes, traçando um programa terapêutico.
- Oferecer recursos alternativos para estimulação da linguagem.
- Desenvolver a postura e a expressão corporal dos pacientes, através do trabalho de musculatura torácica e abdominal com preservação da função respiratória.
Recurso que podemos utilizar:
a) Lúdico: Jogos simbólicos, brinquedos.
b) Estimulação Sensorial: Visão, auditiva, gustativa, táctil, olfactiva, ambiental, proprioceptiva, equilíbrio.
c) Motor Global: Conscientização corporal, função do corpo, localização do corpo no espaço.


Ana Rocha

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Serviços ao Domicílio

Valências:


Terapia Ocupacional

Fisioterapia

Terapia da Fala

Massagem Terapêutica

Enfermagem


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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

XII Congresso Nacional SPG

Congresso2011Vai realizar-se nos próximos dias 4 e 5 de Novembro de 2011, na Escola Alemã de Lisboa, o XII Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Grupanálise que terá como tema central: “A Força das Palavras”.



Consulte o programa e efectue a sua inscrição através do site do congresso: https://sites.google.com/site/xiicongressogrupanalise/

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pedopsiquiatria

A Psiquiatria da Infância e Adolescência (Pedopsiquiatria) é a especialidade médica que lida com a prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação das perturbações emocionais e comportamentais na infância e na adolescência
As indicações para uma consulta de Pedopsiquiatria são, entre outras: quadros ansiosos, quadros depressivos, quadros de psicose e esquizofrenia, perturbações bipolares, perturbações do espectro do autismo, comportamentos suicidários, alterações do sono, alterações do comportamento alimentar, problemas de comportamento, hiperactividade e défice de atenção.
A intervenção pode ser efectuada tanto ao nível individual como familiar, podendo incluir a prescrição de psicofármacos e/ou a realização de consultas psicoterapêuticas.

Drª.Sílvia Maria Andrade Barbosa Tavares – Pedopsiquiatra

NOTA CURRICULAR:

Licenciatura em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, concluída em 2003
Internato Geral realizado no Hospital Geral de Santo António, concluído em 2005
Especialização em Psiquiatria da Infância e Adolescência, realizada no Departamento de Pedopsiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar do Porto, concluída em Julho de 2011
Assistente Hospitalar de Psiquiatria da Infância e Adolescência no Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, desde Setembro de 2011
Pós-graduação em Terapias Cognitivo-Comportamentais – Curso Avançado, realizada no CESPU/Instituto Superior de Ciências da Saúde
Curso de Formação em Intervenção Sistémica e Familiar (ano 2) realizado na Secção Centro da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar
Professora da cadeira de Psiquiatria do curso de Neurofisiologia da Escola Superior e Tecnologia da Saúde do Porto

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Novas Especialidades

A partir do mês de Setembro de 2011, iniciaremos com consultas de Terapia Familiar e Psiquiatria e PedoPsiquiatria

quinta-feira, 2 de junho de 2011

COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM DAS CRIANÇAS COM AUTISMO

Antes de falarmos sobre as dificuldades de comunicação, devemos antes definir o que é autismo.
Podemos também chamarmos de “Espectro das disfunções”, inclui perturbações de desenvolvimento de raiz biológica que conduzirá a um padrão específico de percepção, pensamento e aprendizagem, disfunções da fala e a deficiências motoras ou sensoriais. (Rita Jordam)
A linguagem além de ter papel na comunicação, desempenha uma função no desenvolvimento do raciocínio da criança. As crianças normalmente ao desenvolverem utilizam a linguagem para controlar as suas próprias actividades, e nesta altura considera-se que a linguagem se interiorizou como discurso interior que o permite planificar e orientar as suas próprias actividades.
Qualquer criança com dificuldades de linguagem, como acontece com o autismo fica assim diminuída nestes aspectos de raciocínio e planificação. A criança autista pode não prestar atenção as orientações do adulto, ficando assim impedida de adquirir esta função de linguagem directa, podendo fazer com que as indicações verbais não sejam incorporadas na atenção às tarefas que a criança está a realizar.
Há muitas crianças com autismo com dificuldades adicionais de linguagem ou de aprendizagem que nunca conseguirão falar, pelo que é necessário ensinar-lhes uma alternativa linguagem escrita ou gestual). Há outras que tentam aprender a falar e que precisam de um sistema aumentativo (linguagem de símbolos, figuras ou objectos, falada) que os ajude adquirir a linguagem e a ter um meio de comunicação.
Os pais, professores e técnicos, necessitam ensinar- lhes a controlar ou mesmo modificar a sua própria linguagem e formentar nas crianças as capacidades de linguagem e comunicação. Para algumas, terá de ser ensinado um modo alternativo de comunicação, sistemas visuais são geralmente muito úteis, mas o sistema adoptado vai depender da análise dos pontos fortes e fracos da criança e das próprias características da situação.
O que quer que lhes seja ensinado, precisa ser dado passo-a-passo e tendo em conta as dificuldades que a criança sente em entender o que se pretende comunicar.

Avaliação Neuropsicológica

O que é Neuropsicologia?

É a ciência que estuda a relação entre a cognição, o comportamento e a actividade do sistema nervoso. Actua como principal ferramenta no diagnóstico das disfunções cognitivas, mas também no acompanhamento e reabilitação das mesmas.

É uma avaliação objectiva, que mede o desempenho das habilidades cognitivas, procurando investigar quais as funções cognitivas que estão preservadas e as que estão comprometidas.
Utiliza um conjunto de instrumentos padronizados para avaliação das funções cognitivas, que permitem fazer o mapeamento quantitativo e qualitativo do funcionamento cerebral, em termos de desempenhos reais de habilidades como:
• Atenção e orientação;
• Memória;
• Linguagem;
• Funções espaciais, perceptivas e construtivas
• Função motora;
• Velocidade de processamento;
• Função Executiva

A avaliação neuropsicológica tem como objectivos reunir os dados clínicos para auxiliar na compreensão da extensão das perdas:
• Identificar alterações relativamente ao nível de funcionamento pré-mórbido
• Detectar a presença de deterioração cognitiva
• Quantificar a gravidade da deterioração
• Definir o grau de incapacidade funcional.
• Salientar os aspectos fortes e fracos do funcionamento cognitivo do doente
• Fornecer perfis neuropsicológicos para o diagnóstico diferencial
• Avaliar a eficácia dos tratamentos farmacológicos e não-farmacológicos
• Monitorizar as mudanças ao longo do tempo
A avaliação neuropsicológica encontra-se presente nas diferentes fases do ciclo vital (criança, adulto e idoso) para detecção de distúrbios cognitivos e comportamentais, nomeadamente:
• Atraso desenvolvimento cognitivo;
• Atraso desenvolvimento linguagem oral e escrita;
• Dislexia, discalculia, disortografia;
• Hiperactividade e défice de atenção;
• Sequelas neurocirúrgicas;
• Lesões cerebrais adquiridas;
• Envelhecimento cerebral: alterações da memória próprias da idade; défice cognitivo ligeiro;
• Demências (Alzheimer, Parkinson, entre outras)

Drª Teresa Campos Ferreira


NOTA CURRICULAR

É licenciada em Psicologia, pré-especialização em Psicologia da Saúde, pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (1998). Possui especialização pós-licenciatura em Neuropsicologia Clínica (2004) e pós graduação em Cuidados paliativos pela faculdade de Medicina de Lisboa (2007). Encontra-se a terminar o Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.
Desde 1998 que tem desenvolvido a sua actividade profissional no âmbito da Psicologia Clínica, em instituições privadas, actuando nas diferentes etapas do ciclo vital: crianças, adultos e idosos.
Formadora certificada desde 1999, tendo colaborado com o Instituto de Emprego e Formação Profissional e outras instituições privadas de formação, na administração de acções de formação na área da Psicologia e na elaboração de projectos de formação na área comportamental. Possui vasta experiência em Formação Pedagógica Inicial de Formadores, ministrando estes cursos desde 2000.
Actualmente, e desde 2005, exerce funções de Psicóloga num Hospital público da área do grande Porto.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

INTERVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL

Porque a área da Saúde Mental merece toda a nossa atenção e investimento profissional a Sinapse dispõe a partir deste mês uma nova valência de intervenção neste domínio.

Para tal conta com profissionais especializados na área de Terapia Ocupacional, Enfermagem e Serviço Social. Actuam em contexto domiciliário, na comunidade ou em consultório.
Os Critérios de admissão são:
* Faixa etária: 18-65 anos;
* Clinicamente compensados;
* Em acompanhamento por médico com especialidade em psiquiatria.

Adopta o seguinte Modelo de Intervenção:
* Avaliação individual e familiar e auscultação dos recursos disponíveis;

* Delineação das necessidades e definição dos recursos necessários;

* Definição, em colaboração com o cliente e com a família, do programa de
reabilitação (numero de sessões; técnicas a utilizar; locais de aplicação; entre outros);

* Implementação do programa de reabilitação;

* Reavaliação periódica do programa e caso seja necessário reestruturação.

Tipos de Intervenção:
 Treino de actividades de vida diária:
• Gestão doméstica;
• Preparação e confecção de refeições;
• Higiene e cuidados pessoais;
• Gestão de dinheiro;
• Utilização de transportes públicos;
• Utilização de estruturas na comunidade.
 Orientação para estruturas comunitárias que facilitem o acesso a actividades ocupacionais/lazer e programas específicos de intervenção.
 Estimulação cognitiva e resolução de problemas.
 Planeamento e reestruturação de hábitos e rotinas diárias semanais e de fim-de-semana.
 Programas psicoeducativos (temas: estilos de vida saudáveis; técnicas de gestão de stress; técnicas de relaxamento; Informação sobre a doença).